"DESPARAÍSO"
Por MUSGO produção cultural (Sintra)
M12 | 50min
(com conversa aberta ao público após a sessão)
No Espaço ANIMATEATRO (Amora)
21h30
SINOPSE
“DESPARAÍSO" é a história de D’Jon, um africano lusófono que, migrante da sua pátria em busca do El Dourado europeu, “aterra” num dos mais pobres e perigosos subúrbios de Lisboa, onde, afinal, perdido de amores... se sente em casa. Como é que este amor floresceu é o que veremos. O espetáculo compõe-se de pequenos quadros de situação nos quais acompanhamos as aventuras e desventuras do herói – D’Jon-, desde a partida de África até ao seu “estabelecimento”.
“DESPARAÍSO" é a história de D’Jon, um africano lusófono que, migrante da sua pátria em busca do El Dourado europeu, “aterra” num dos mais pobres e perigosos subúrbios de Lisboa, onde, afinal, perdido de amores... se sente em casa. Como é que este amor floresceu é o que veremos. O espetáculo compõe-se de pequenos quadros de situação nos quais acompanhamos as aventuras e desventuras do herói – D’Jon-, desde a partida de África até ao seu “estabelecimento”.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Direção: Paulo Campos dos Reis | Interpretação: Adriano Reis e Ricardo Soares | Adereços: Lucrécia Alves | Fotografia: Nuno Gomes | Vídeo: Ricardo Reis e Lilia Santos | Assistência de produção: Rute Xavier | Designer gráfica: Norma Carvalho | Coordenação de projeto: Paulo Campos dos Reis e Ricardo Soares | Produção: MUSGO Produção Cultural.
Direção: Paulo Campos dos Reis | Interpretação: Adriano Reis e Ricardo Soares | Adereços: Lucrécia Alves | Fotografia: Nuno Gomes | Vídeo: Ricardo Reis e Lilia Santos | Assistência de produção: Rute Xavier | Designer gráfica: Norma Carvalho | Coordenação de projeto: Paulo Campos dos Reis e Ricardo Soares | Produção: MUSGO Produção Cultural.
SOBRE O ESPECTÁCULO
"DESPARAÍSO” é uma comédia para dois actores sobre a diáspora africana lusófona nos subúrbios de Lisboa. O texto do espetáculo, que entrança ficção e realidade, resulta de um fórum dramatúrgico que implica biograficamente o elenco (luso-africano). “DESPARAÍSO” será apresentado em quatro concelhos do País (Cacém, Rio de Mouro, Fontanelas, Porto, Lisboa, Seixal) complementado com a realização de uma oficina pedagógica sobre o tema da diversidade e integração, organizada em articulação com associações socioculturais locais. Em Junho de 2017, fez uma digressão a Cabo Verde, a São Vicente, Sal e Santiago - através do Instituto Camões - Centro Cultural Português do Mindelo e da Praia, ALAIM e Festival SalEncena.
A partir de "DESPARAÍSO” pretende-se, com o grupo de participantes, inscrever, debater, aprofundar e antagonizar conceitos como Diversidade Cultural vs Xenofobia; Não-Ódio vs Estereótipo e Preconceito; Sentimento de Pertença e Identidade vs Desenraizamento. “Mais Diversidade, Melhor Humanidade” surge, neste contexto, como elemento catalisador: reforça a ligação aos serviços educativos dos locais de acolhimento (ampliando o debate em torno do espetáculo) e, por outro lado, atrai públicos (participantes da oficina e seu círculo de influência) às salas de apresentação.
O processo de construção do espetáculo radica na implicação (em sede de fórum dramatúrgico) de todo o elenco; cruzam-se contiguidades afetivas (de pertença) e conhecimento ("no terreno") de realidades contextuais, com evidentes reflexos na criação. O cruzamento das experiências pessoais permite rastrear e verter para o espetáculo "tiques identitários" de ambos os lados - português e africano-, realizando uma prática dramatúrgica, por assim dizer, mestiça.
CONTEXTO SOCIOLÓGICO
Depois do irresistível crescimento dos subúrbios de Lisboa, sobretudo depois do 25 de Abril (e consequente democratização do preço da habitação), as periferias das grandes cidades tornaram-se verdadeiros dormitórios de betão armado, onde a população com menos recursos económicos encontrou o seu espaço. Fenómenos como o êxodo rural dos anos 60 (movimento migratório que mobilizou a população rural portuguesa para as grandes cidades) e a diáspora africana em direção à ex-metrópole (depois da descolonização e da eclosão, nalguns países, de guerras civis) enformam o quadro sociológico que caracteriza as personagens-tipo de “DESPARAÍSO”. D’Jon pertence à segunda geração de africanos (identificando a primeira com a dos ex-combatentes) que chega a Portugal (a Europa sonhada) à procura de uma oportunidade. Repete os passos dos seus antecessores; e um dia regressará à pátria para gozar uma velhice próspera. É também a história de muitos emigrantes portugueses e de todo o mundo: mudar de vida (para melhor). A Europa de hoje já não é, todavia, o El dourado. A crise económica que vem afetando os mercados de há uma década para cá cavou problemas políticos e sociais gravíssimos, de entre os quais se destacam o desinvestimento em programas de solidariedade social generosos ou as crescentes taxas de desemprego jovem. É neste contexto – o de hoje – que decorre a ação de “DESPARAÍSO”. O país de D’jon pode ser qualquer país lusófono africano. O subúrbio a que se faz referência pode escolher-se entre a Linha de Sintra e a Margem Sul.
Depois do irresistível crescimento dos subúrbios de Lisboa, sobretudo depois do 25 de Abril (e consequente democratização do preço da habitação), as periferias das grandes cidades tornaram-se verdadeiros dormitórios de betão armado, onde a população com menos recursos económicos encontrou o seu espaço. Fenómenos como o êxodo rural dos anos 60 (movimento migratório que mobilizou a população rural portuguesa para as grandes cidades) e a diáspora africana em direção à ex-metrópole (depois da descolonização e da eclosão, nalguns países, de guerras civis) enformam o quadro sociológico que caracteriza as personagens-tipo de “DESPARAÍSO”. D’Jon pertence à segunda geração de africanos (identificando a primeira com a dos ex-combatentes) que chega a Portugal (a Europa sonhada) à procura de uma oportunidade. Repete os passos dos seus antecessores; e um dia regressará à pátria para gozar uma velhice próspera. É também a história de muitos emigrantes portugueses e de todo o mundo: mudar de vida (para melhor). A Europa de hoje já não é, todavia, o El dourado. A crise económica que vem afetando os mercados de há uma década para cá cavou problemas políticos e sociais gravíssimos, de entre os quais se destacam o desinvestimento em programas de solidariedade social generosos ou as crescentes taxas de desemprego jovem. É neste contexto – o de hoje – que decorre a ação de “DESPARAÍSO”. O país de D’jon pode ser qualquer país lusófono africano. O subúrbio a que se faz referência pode escolher-se entre a Linha de Sintra e a Margem Sul.
SOBRE A MUSGO
A MUSGO Produção Cultural é uma estrutura de teatro profissional, formada em 2012, que tem financiamento anual da Câmara Municipal de Sintra. Apresenta, no biénio 2016/17, o espetáculo transdisciplinar (bimestral) “Ofensiva Amada”, no Centro Cultural Olga Cadaval, e, o ano passado, o espetáculo “Os Lusíadas – Viagem Infinita”, na Quinta da Regaleira, em Sintra. Há dois anos, em São Vicente, Cabo Verde, apresentou, pelo Instituto Camões – Centro Cultural Português do Mindelo, Associação de Turismo de Lisboa, e Câmara Municipal de Sintra, o espetáculo “Ou Quixote”, a partir de Cervantes.
Sem comentários:
Enviar um comentário