19 de março de 2006

MENSAGEM INTERNACIONAL DO DIA MUNDIAL DO TEATRO 2006
UM RAIO DE ESPERANÇA, por Víctor Hugo Rascón-Banda
Todos os dias deveriam ser Dias Mundiais do Teatro, porque nestes 20 séculos, a chama do teatro tem ardido constantemente nalgum canto do mundo.Ao teatro, sempre se decretou a morte, sobretudo com o aparecimento do cinema, da televisão e, agora, dos meios digitais.A tecnologia invadiu os cenários e aniquilou a dimensão humana, tentou-se um teatro plástico, próximo da pintura em movimento, que substituiu a palavra. Houve obras sem palavras, ou sem luz ou sem actores, somente máquinas e bonecos numa instalação com múltiplos jogos de luzes. A tecnologia tentou converter o teatro em fogo de artifício ou em espectáculo de feira.Hoje assistimos ao regresso do actor em frente do espectador. Hoje presenciamos o retorno da palavra ao palco.O teatro renunciou à comunicação massiva e reconheceu os seus próprios limites que lhe impõem a presença de dois seres frente a frente comunicando sentimentos, emoções, sonhos e esperanças. A arte cénica está a deixar de contar histórias para debater ideias.O teatro comove, ilumina, incomoda, perturba, exalta, revela, provoca, transgride. É uma conversa partilhada com a sociedade. O teatro é a primeira das artes que se confronta com o nada, as sombras e o silêncio para que surjam a palavra, o movimento, as luzes e a vida.O teatro é um ser vivo que se consome a si mesmo enquanto se produz, mas constantemente renasce das cinzas. É uma comunicação mágica na qual cada pessoa dá e recebe algo que a transforma.O teatro reflecte a angústia existencial do Homem e revela a condição humana. Através do teatro, não falam os seus criadores, mas a sociedade do seu tempo.O teatro tem inimigos visíveis, a ausência de educação artística na infância, que impede a sua descoberta e o seu usufruto; a pobreza que invade o mundo, afastando os espectadores, e a indiferença e o desprezo dos governos que deviam promovê-lo.No teatro falavam os deuses e os homens, mas agora o homem fala para outros homens. Para isso o teatro tem de ser maior e melhor que a própria vida. O teatro é um acto de fé no valor de uma palavra sensata num mundo demente. É um acto de fé nos seres humanos que são responsáveis pelo seu destino.É necessário viver o teatro para entender o que se passa, para transmitir a dor que está no ar, mas também para vislumbrar um raio de esperança no caos e pesadelo quotidianos.Longa vida aos oficiantes do rito teatral! Viva o teatro!


Tradução: Instituto das Artes - Gabinete de Teatro e Gabinete de Comunicação
A noite de quarta feira, dia 15 de Março, encheu-se de fervorosas gargalhadas, de um publico que se deslocou aos antigos refeitorios da Mundet, para assistir à nova versão do espectáculo"Não Deves Comer Neve Amarela" e à recente produção "Valsa das Papoilas".

No dia 1 de Abril, pelas 21.30 na colectividade Portugal Cultura e Recreio, poderá ser vista mais uma actuação do espectáculo:"não Deves Comer Neve Amarela".

É só aparecer!

13 de março de 2006


Espectáculo para a infância, tendo estreado em Setembro e permanecendo até Julho em cartaz.
Já realizámos até à data perto de cem sessões, chegando a milhares de crianças de vários pontos do País.
O Projecto:
Dando continuidade ao plano de trabalho desta Associação , este projecto pretende aprofundar as reflexões e a pesquisa teatral do grupo, em relação à linguagem para as crianças.
As etapas previstas nesta pesquisa passam por um texto adaptado, pois os trabalhos anteriores realizados, foram sempre textos de nossa autoria. Vamos iniciar uma abordagem às marionetas, relacionando-as com os actores.

A história chama a atenção a vários problemas contemporâneos. Fazendo um apelo à questão da poluição, as desigualdades e o respeito pelo próximo. Focando também a honra da palavra e a amizade incondicional. Tudo para resolver algo que não estaria ao alcance de um só indivíduo. Neste caso a solução foi: a entreajuda descomprometida, cumprindo a promessa feita.

Para mais informação: 212254184 email: animateatro@portugalmail.pt

11 de março de 2006

Samuel Beckett
Em Abril, no Espaço Animateatro, comemora-se o 100º aniversário do dramaturgo irlandês. Assinalando esta data, está em preparação um trabalho sobre as suas peças radiofónicas.
"Samuel Beckett a towering figure in drama and fiction who altered the course of contemporary theater, died in Paris at the age of 83. He died of respiratory problems in a Paris hospital, where he had been moved from a nursing home."
Foi Nobel da literatura em 1969. Faleceu em 1989.

10 de março de 2006

Mostra de Curtas-Metragens

Hoje, ultimo dia para assistir à "Mostra de Curtas-Metragens".

Nos dias 11, 12, 18 e 19 de março entre as 22h e as 24h, podem ser visionados varios filmes de novos realizadores portugueses no espaço animateatro.

Iniciativa inserida no "Fitasx", no mês de "Março Jovem".

Entrada gratuita.

Formação

Depois do sucesso que têm sido os trabalhos finais dos nossos alunos de teatro, a animateatro continua a apostar forte na formação, tendo ainda em aberto inscrições para os seus cursos.

Sempre no espaço animateatro, terças e quintas feiras entre as 19.30 e 22.30.

Contactos: 212254184
animateatro@portugalmail.pt

No Espaço Animateatro

"Valsa das Papoilas", em cena nos dias:
24, 25, 31 de Março e 1, 14 e 15 de Abril, sempre às 21.30.

»»Dia 15 de Março nos refeitorios da Mundet, em conjunto com o grande show que é "Não Deves Comer Neve Amarela"
Depois da grande loucura que foram os dias pós-estreia deste monumento à bestialidade, o regresso está proximo. Só precisamos mesmo do entusiasmante e maquievélico público.
O Espaço Animateatro, apresenta uma opiante atmosfera de azedas amarguras que se transformarão em doces gargalhadas.

Em Cartaz


"Solidão"
Em cena na Sala-Estudio Papa léguas, em Benfica nos dias:29,30,31 de Março, pelas 21.30.

Com as actrizes: Lina Ramos e Claudia Palma,
texto e direcção: Ricardo G. Santos,
cenografia: Alexandra Varela

"Duas mulheres solitárias, iguais a tantas outras.
Sabemos apenas, por que o sentimos, que as duas mulheres sofrem.
Dentro daquela casa. Dentro delas próprias. Terrivelmente sós."