27 de março de 2018

Muitos Dias Felizes Mundiais do Teatro

Mensagem do Dia Mundial do Teatro 2018As Américas

Sabina Berman, México
Escritora, dramaturga, jornalista

Podemos imaginar.

A tribo caça pássaros lançando pequenas pedras no ar, quando um gigantesco mamute surge na cena e RUGE - e, ao mesmo tempo um pequeno humano RUGE como o mamute. Logo, todos fogem...
Esse rugido de mamute proferido por uma mulher humana - quero imaginá-la mulher - é a origem do que nos torna a espécie que somos. Uma espécie capaz de imitar o que não somos. Uma espécie capaz de representar o Outro.

Saltemos dez anos, ou cem, ou mil. A tribo aprendeu a imitar outros seres e representa no fundo da caverna, na luz trêmula de uma fogueira, quatro homens são o mamute, três mulheres são o rio, homens e mulheres são pássaros, chimpanzés, árvores e nuvens: a tribo representa a caçada da manhã, capturando o passado com seu dom para o teatro. Mais surpreendente: assim a tribo inventa possíveis futuros, ensaiando possíveis maneiras de vencer o inimigo da tribo, o mamute.

Rugidos, assobios, murmúrios - a onomatopéia desse primeiro teatro - se tornarão linguagem verbal. A linguagem falada se tornará linguagem escrita. Seguindo esse caminho, o teatro se tornará rito e, logo mais, cinema. E na semente de cada uma destas formas, continuará presente o teatro. A forma mais simples de representação. A única forma viva de representação. O teatro, que quanto mais simples é, mais intimamente nos conecta com a mais maravilhosa habilidade humana, a de representar o Outro.

Hoje, em todos os teatros do mundo, celebramos essa gloriosa habilidade humana de fazer teatro. De representar e assim, capturar nosso passado para entende-lo – ou de inventar possíveis futuros, que podem trazer mais liberdade e felicidade à tribo.

Eu falo, claro, das peças que realmente importam e transcendem o entretenimento. As peças que importam, hoje são propostas da mesma forma que as mais antigas: derrotar os inimigos contemporâneos da felicidade da tribo, graças à capacidade de representar.

Quais são os mamutes a serem vencidos hoje no teatro da tribo humana?

Eu digo que o maior mamute de todos é a alienação dos corações humanos. A perda da nossa capacidade de sentir com os Outros: sentir compaixão. E nossa incapacidade de com o Outro não-humano: a Natureza. Que paradoxo. Hoje, nas margens finais do Humanismo – da era do Antropoceno - da era em que os seres humanos são a força natural que mais se transformou e mais transformou o planeta - a missão do teatro é inversa à que reuniu a tribo originalmente para fazer o teatro no fundo da caverna: hoje, devemos resgatar nossa conexão com o mundo natural.

Mais do que a literatura, mais do que o cinema, o teatro - que exige a presença de seres humanos diante de outros seres humanos - é maravilhosamente adequado à tarefa de nos salvar de nos tornarmos algoritmos. Abstrações puras.

Deixe-nos remover do teatro tudo o que é supérfluo. Deixe-nos desnudá-lo. Porque quanto mais simples é o teatro, mais fácil é lembrar-nos do único fato inegável: nós somos, enquanto estamos no tempo; que somos enquanto somos carne e osso e corações batendo em nosso peito; que somos o aqui e agora, apenas.

Viva o teatro. A arte mais antiga. A arte mais presente. A arte mais maravilhosa. Viva o teatro.

20 de março de 2018

24 MARÇO / Sábado

“Um Espectáculo de COMMEDIA DELL’ARTE”
por MARI & CRUPI THEATRE COMPANY (Austrália e Portugal)

M6 | 50min

24 MARÇO (Sábado)
Espaço Animateatro
21H30

+ evento facebook


Sobre
Pretende-se que o espetáculo promova a tradição da Commedia dell´Arte no séc. XXI. Através do uso dos quatro aspetos principais da Commedia – o uso de máscaras, personagens-tipo (fixo), multilinguismo e improvisação como método – criámos um conto original baseado nas linhas dramatúrgicas da Commedia tradicional. Integrando referências contemporâneas, técnicas de ator a “solo” (neste caso um “duo”), e uso de diferentes línguas (e não apenas regionalismos italianos) pretendemos dar um “toque” contemporâneo a uma antiga forma de arte.
Dois atores interpretam 13 personagens neste conto épico de reinos inimigos, amores impossíveis e uma floresta cheia de criaturas míticas, baseado no estilo Pastorale – Boschereccia da Commedia dell´Arte. Os estilos da Commedia dell´Arte foram igualmente fonte de inspiração para o repertório de Shakespeare. O estilo Pastorale – Boschereccia em particular foca-se nas aventuras em bosques/florestas e foi inspiração para Sonho de Uma Noite de Verão, por exemplo. Usando improvisação como método e transparência cénica como técnica para contar a história, Mariana Dias (Portugal) e Andrew Crupi (Itália/ Austrália) transformam-se dinamicamente entre múltiplas personagens. Os arquétipos Zanni (Criados), Vecchi (Velhos) , Capitano. Innamorati (Amantes), mas também Reis, Rainhas, Sátiros, Ninfas, Gigantes e até Amazonas, todos ganham vida neste espetáculo interativo e divertido. Estreado na Austrália para o 2016 Adelaide Fringe Festival, e após um Tour pela Austrália do Sul, Mari & Crupi trazem agora este espetáculo a Portugal e
Europa. Juntem-se para vários Lazzi , máscaras tradicionais de Commedia, Tangovaccio, Slapstick, Lutas cómicas de cena, interação, participação do público, e muita diversão!

Sinopse
Um espetáculo de Commedia dell´Arte é um conto sobre dois reinos rivais, o reino de Cima (Up) e o reino de Baixo (Down) que vivem à beira de uma floresta selvagem e perigosa, ambos semelhantes em indignidade e pobreza iminentes. Estes dois reinos estão finalmente prestes a “remendar” a sua relação com um casamento de conveniência entre os dois e unir-se num único Super Reino. A Rainha de Cima (Up) e o Rei de Baixo (Down) odeiam-se há muito tempo, mas os seus filhos, a Princesa de Cima e o Príncipe de Baixo apaixonaram-se perdidamente e anseiam que os seus pais anunciem finalmente o seu casamento. Infelizmente, este não é o desejo dos pais e, como tal, muitas peripécias estão prestes a acontecer. E aqui começa a nossa história. Era uma vez…

Ficha Técnica e Artística
Encenação, Guião, Produção, Interpretação, Coreografia: Andrew Crupi e Mariana Dias

25 MARÇO / Domingo

“Branca de Neve e os 7 Anões” 
pela Byfurcação Teatro (Sintra)
M3 | 50min

25 MARÇO (Domingos)
Cinema São Vicente 
16H



#052 PASSATEMPO - 24MAR (SÁB), UM ESPECTÁCULO DE COMMEDIA DELL'ARTE

Quais as características do Reino de Cima (Up) e do Reino de Baixo (Down)?
Hum?

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+ informações - PASSATEMPOS - coluna direita do blog 

16 de março de 2018

Armazenar

Sobre a nossa nova carrinha :)



Sobre o Março JOVEM 2018!



GRATOS ESTAMOS <3

"A Ilha de Plástico" no Alentejo

Aljustrel


Alguém disse que, quando se fala em Alentejo, existe sempre um sol associado a. Confirmamos. Alentejo, Alentejo, ficaste-nos num abraço demorado.
Até breve, breve*

Foi um prazer chegar-vos.
Com amor,

Animateatro.

"A Bota Velha" no Alentejo

Vila Nova de S. Bento


Pias


Serpa


Alguém disse que, quando se fala em Alentejo, existe sempre um sol associado a. Confirmamos. Alentejo, Alentejo, ficaste-nos num abraço demorado.
Até breve, breve*

Foi um prazer chegar-vos.
Com amor,

Animateatro.

18 MARÇO / Domingo

“Branca de Neve e os 7 Anões” 
pela Byfurcação Teatro (Sintra)
M3 | 50min

18 e 25 MARÇO (Domingos)
No Cinema São Vicente 
16H



Sobre
Um espectáculo destinado a toda a família com cariz de improviso interactivo, cómico e divertido! Queremos, cada vez mais, a interacção do público, graúdo e miúdo, que cada um se sinta parte integrante da história e que em cada representação surjam elementos novos e surpreendentes. O espectáculo não se esgota em 50 minutos, podemos considerar que cada representação é apenas um acto e que assim como gostaríamos que acontecesse na nossa vida, pudéssemos mudar, retirar e compor uma nova história cheia de novas possibilidades. 

Sinopse
Uma bela menina nasce com a pele branca como a neve, lábios vermelhos como uma rosa, e os cabelos mais negros que o carvão, infelizmente a sua mãe morre e o pai encontra noutra mulher a sua felicidade. Mas esta mulher, invejosa da beleza de Branca de neve, decide terminar com a sua vida. O caçador incumbido de levar avante esta terrível missão, enfraquece no último instante, e recua nos seus intentos. Branca de neve foge para a floresta e lá encontra os sete anões que a irão ajudar. No entanto a madrasta de Branca de neve, tem conhecimento, através do seu espelho mágico, que esta continua viva e decide enfeitiça-la com uma simples maçã.
BRANCA DE NEVE TERÁ DE ESPERAR QUE UM PRÍNCIPE ENCANTADO VENHA DESTRUIR ESTE FEITIÇO. SERÁ QUE ELE CHEGA?

Ficha Técnica e Artística
Encenação: Paulo Cintrão | Direcção de improviso: André Sobral | Interpretação: André Sobral, José Frutuoso, Paulo Cintrão e Ricardo Karitsis | Cenografia e figurinos: bYfurcação Teatro | Produção: Byfurcação Teatro


6 de março de 2018

BALBUCIA em Almada


 No Teatro Estúdio António Assunção!
Por Patrícia Alves!

BALBUCIA em Lagos


No Teatro Experimental de Lagos (TEL)!
Pela nossa Claúdia!

11 MARÇO / Domingo

“A Casinha de Chocolate” 
pela Byfurcação Teatro (Sintra)
M3 | 50min

11 MARÇO (Domingo)
Cinema S. Vicente
16H


evento facebook

FITA - Festival Internacional de Teatro do Alentejo

Ora bem, na próxima semaninha vamos estar pelo FITA - Festival Internacional de Teatro do Alentejo, acolhimentos pela Companhia de Teatro Lendias d'Encantar

E o programa é o seguinte:

- 12 MARÇO, segunda-feira
"A BOTA VELHA", em Vila Nova de S. Bento, pelas 14H30

- 13 MARÇO, terça-feira
"A BOTA VELHA", em Pias, pelas 15H

- 14 MARÇO, quarta-feira
"A BOTA VELHA", em Serpa, pelas 12H

- 15 MARÇO, quinta-feira
"A ILHA de PLÀSTICO", no Cine Oriental de Aljustrel, pelas 11H30 + 15H



A Bota Velha


A Ilha de Plástico